2 de maio de 2014

A Igreja e o mundo

         Muitas vezes o nosso discurso, a nossa liturgia de culto, a mensagem e louvor  pouco ou nada tem a dizer para o descrente. Queremos alcançar o não crente, mas fazemos culto só para crente. Nos distanciamos tanto que não conseguimos mais dialogar com quem não faz parte do “gueto evangélico”, falta assunto. Não é pecado, como alguns apregoam, conservar  e fazer amizades fora do mundo cristão, na verdade faz bem,  nos torna mais humildes, mais encantados com o amor de Deus que é para todo aquele que crê. Dificilmente Jesus era encontrado junto aos religiosos da sua época, ele gostava de estar entre o povo e principalmente entre os rejeitados e marginalizados, ali ele semeava amor em ação. Quem se isola e se enclausura nos seus dogmas é porque está inseguro na caminhada com Deus, tem receio de perder a fé. Quem anda intimamente com Cristo está seguro da sua identidade, portanto não tem medo de se relacionar com o mundo pelo qual Jesus deu a sua vida. 

Nossos cultos precisam refletir mais o amor de Deus, nossa linguagem precisa ser acessível, nosso discurso mais coerente e nossas igrejas mais acolhedoras e o verdadeiro Evangelho mais anunciado. O mundo carece da Igreja como sal e luz. Ela não deve se esconder, mas no mundo, buscar com sabedoria alcançar as ovelhas perdidas do Pai e para isso precisa se fazer entendida sem se contaminar.

DEUSES FALSOS - Timothy Keller

  Não poderia deixar de indicar esse livro do escritor e teólogo Timothy Keller  (in memoriam). Aprendi a gostar da  escrita profunda, refle...