“Se alguém tiver recursos
materiais e, vendo seu irmão em necessidade, e não se compadecer dele, como
pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de Palavra nem de
boca, mas em ação e em verdade”. (I João 3:17-18)
O apóstolo João, em sua primeira carta,
desmascara todo e qualquer farisaísmo, colocando o dedo na ferida, quando
duvida do amor de quem não se compadece do próximo em necessidade: ”...como
pode permanecer nele o amor de Deus?”. Quem ama compadece, estende a
mão, abençoa, se doa, se entrega, se
sacrifica.
“Filhinhos, não amemos de Palavra nem
de boca, mas em ação e em verdade”. Essa pergunta deveria fazer eco em nossas
mentes, deveríamos nos perguntar constantemente: amo em ação e em verdade? O
pastor da minha igreja “ama em ação e em verdade”? O diácono, o presbítero, o
líder, os membros da minha comunidade, amam em ações e em verdade?
Como pode alguém que se diz discípulo
de Jesus, ter recursos materiais, e negar-se a ajudar nas causas sociais da
igreja? Como pode esse mesmo irmão participar de cultos, ter momentos de
oração, mas não se comover com a causa do órfão e da viúva?
Há muitas vozes dissonantes dentro da
igreja. A falta de harmonia entre o que se prega, e o que se vive, é gritante.
São poucos, pouquíssimos, e tive o privilégio de andar com alguns, que
entenderam a importância, o privilégio de servir ao próximo. Nada paga o brilho
no olhar de uma criança carente quando você oferece alimento de qualidade. Nada
é mais gratificante do que ver jovens crescendo profissionalmente porque você
ensinou a pescar. É maravilhoso, perceber o agradecimento no olhar de uma mãe, quando
sente que apesar de trabalhar no lixão, é amada, acolhida, valorizada e tratada
com igualdade. É edificante ver que o jovem que você acreditou, investiu não se
tornou um bandido, drogado, embora tudo contribuísse para isso, mas um servo de
Deus.
Hoje li um texto que se encontra no
livro de Lucas 14: 13-14 que falou profundamente ao meu coração, ele causa um
choque de lucidez numa época em que muitas igrejas pregam a prosperidade, “ mas quando der um banquete, convide
os pobres, os aleijados, os mancos, e cegos. Feliz é você, porque estes não têm
como retribuir. A sua recompensa virá na ressureição dos justos”.
Quantas festas você já
participou? Muitas, né? Já viu essas pessoas entre os convidados? Nem eu. Aliás,
uma única vez, num casamento celebrado pelo meu esposo, presenciei entre os
convidados, pessoas carentes. Passei a admirar mais ainda aquele casal, a noiva
tinha trabalhado num projeto social e não esqueceu os amigos que lá fizera.
“Filhinhos, não amemos de Palavra nem de boca, mas em ação e em
verdade”.
Um comentário:
Quanta verdade no que voce escreveu! Como a igreja ainda precisa aprender quanto a ajudar o pobre e necessitado!conheco pessoas do meu convivio na igreja que so querem estar rodeadas por aqueles que tem algo a lhes oferecer: prestigio, presentes caros, etc... Que triste e quao diferente daquilo que jesus viveu e ensinou.
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