A imprensa do mundo inteiro esteve
com as suas lentes voltadas para o Vaticano. A renúncia de um Papa encheu o
mundo de espanto. Não importando os motivos que levaram Bento XVI a renunciar,
é fato que foi uma atitude louvável. Muitos quando chegam ao poder não querem
mais sair, mesmo quando esse poder se torna
sufocante. Deixar o poder é um exercício para poucos. Sábios são os que
entendem que sair de cena, muitas vezes, pode ser a melhor solução para o
coletivo.
Fico me perguntando o quanto seria
saudável, para muitas denominações evangélicas que vivenciaram rachas
institucionais e sofreram e sofrem as consequências das divisões até hoje, se
os que estavam no poder tivessem tomado a mesma atitude de Bento XVI e descido
do pedestal? Muitos permanecem no poder
pela autoimposição, pela manipulação, pelo apego ao estrelismo, à popularidade,
aos aplausos, ao conforto da posição, por gostar de mandar e desmandar, de
serem os donos da verdade. Alguns desses “papas” estão travestidos de bondade,
se escondem atrás da fala bonita, encantam pela oratória, todavia, permanecem
alienando o rebanho que a ele dá toda glória, totalmente distantes do Jesus dos
Evangelhos. Quando o Diabo quis seduzir Jesus prometendo os reinos do mundo “[...]
Jesus lhe disse: ‘Retira-se, Satanás! Pois está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu
Deus, e só a ele preste culto”.
Subir no pedestal é fácil, difícil é
descer e permanecer admirável.
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