30 de julho de 2012

Não dá para seguir Jesus com o coração cheio de ressentimento...

          Não dá para seguir Jesus com o coração cheio de ressentimento e amargura. “perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” Mt 6: 12.  Esse é um ensinamento de Cristo na oração do Pai Nosso, que o discípulo com a ajuda do Espírito Santo, precisa pôr em prática, pois Jesus também foi  claro em adivertir: “ Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas, se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas. Mt 6: 14-15 . “ Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem...” Mt. 5: 44
          É na intimidade do quarto secreto que o Pai amoroso nos quebranta e nos capacita a perdoar aos nossos devedores. A falta de perdão nos torna rancorosos, amargurados, vingativos e nos impede de avançar na intimidade com Deus. O perdão nos liberta e nos aproxima mais e mais de Jesus.  O apóstolo Paulo escrevendo aos colossenses  reforça os ensinamentos do Mestre  para que os mesmos: “... suportem uns aos outros e perdoem  as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o senhor lhes perdoou.”.  Cl 3: 12-13.
         Não deixe a amargura tomar conta do seu coração por mais injustiçado que você tenha sido. Busque a ajuda do Espírito Santo para dissipar o ressentimento e ajudá-lo a liberar o perdão. Você consegue. Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer”. Com Ele você é mais do que vencedor.
          

16 de julho de 2012

Ler é exercitar a alma para que não se atrofie



          Concordo com Rubem Alves quando diz que “ler é uma das maiores fontes de alegria” e também que “os livros que amo são aqueles que se tornaram meus companheiros vida afora”.
          Há autores que se tornaram meus companheiros, conversam comigo, através da leitura me desafiam, me encorajam, me ensinam. Quando leio Rubem Alves tenho vontade de ler poesia, de estudar mais de conhecer mais. Ao ler Henri Nouwen quero me achegar mais a Deus, caminhar de mãos dadas com Ele, me prostrar diante de Sua presença. Philip Yancey descortina para mim a loucura da graça, me faz mais apaixonada por esse Deus tão cheio de amor incondicional. James Dobson me encoraja na difícil e maravilhosa missão de ser mãe. Machado de Assis e Aloísio de Azevedo me fascina  por dialogar tão próximo, as palavras saltam do livro tão naturalmente que fica a impressão de que o personagem está ao lado. Brennan Manning me escancara Deus de forma muito pessoal, passear com Brennan  pelos dramas da vida é perceber a minha humanidade frente às misericórdias de Deus que teimosamente se renovam diariamente. C. S. Lewis me impacta com o seu discurso direto, coerente e totalmente Cristocentrico. John Stott me ensina que discipulado envolve obediência e que servir a Cristo deve ser um prazer. Já Eugene Peterson me motiva a continuar investindo na igreja apesar das injustiças, que pastorear é um privilégio com muitas responsabilidades.
Alguns autores já não o sigo mais, outros estão se achegando como Pablo Neruda, , Gabriel Garcia Márquez, Júlio Cortázar, Dostoiévski, Franz Kafka, etc.
         Vale ressaltar um livro que supera qualquer outro. É a maior carta de amor, contem ensinamentos preciosos e alguém disse que é o único livro que lemos na presença do autor, a Bíblia. Esta eu leio desde criança, é Deus falando comigo. Preciso dela para manter o meu espírito renovado, para entender porque estou neste mundo e qual o sentido da vida. A Palavra de Deus é minha leitura de todos os dias, “é lâmpada para os meus pés e luz para os meus caminhos”. Como disse Eugene Peterson: “... Ela revela o mundo criado por Deus, ordenado por Deus e abençoado por Deus no qual nos sentimos seguros e completos”.
           Ler é exercitar a alma para que não se atrofie, para que voe sem pesar por outros caminhos.  É penetrar na beleza da escrita e dela tirar ensinamentos que nos faz pessoas melhores.

13 de julho de 2012

Não pare ao chegar ao fundo do poço. Continue cavando


          
          O que você  diria para um pescador que estava lavando a sua rede depois de passar a noite toda pescando sem sucesso?  Eu diria que a vida é assim mesmo, tem dia que o “mar não está para peixe”, que fosse para casa descansar, afinal, passara a noite toda em uma pescaria infrutífera. Porém, não foi isso que Simão ouviu de Jesus naquele dia perto do lago de  Genesaré.

         Jesus como sempre, estava sendo comprimido por uma grande multidão que o seguia a procura de milagres, então para fugir daquele aperto, entrou no barco de Simão que o levou mais adiante e dali Ele ensinava o povo. Quando terminou de falar, Jesus, percebendo o abatimento de Simão por não ter feito uma boa pescaria, lhe dá um conselho: “ ... Vá para onde as águas são mais fundas”, e a todos: lancem as redes para pescar.” Imagino Que Simão pensou, esse homem está brincando comigo, estou morto de cansado e ele me manda para alto mar, porém, respondeu: “Mestre esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes” -Lucas 5: 4-5.

          O texto segue narrando esta historia e diz que o resultado dessa pescaria foi tão farta, pegaram tantos peixes, que as redes não suportaram chegando a rasgar.

          Na Palavra de Deus encontramos essas contradições, ou seja, o mar não estava para peixe, mas Jesus mandou pescar. Há nas nossas vidas momentos de sequidão espiritual, examinamos e não encontramos pecados não confessados, porém a oração não sai, a leitura da Palavra se torna enfadonha, o culto tedioso. Conta-se que certa vez um homem disse para Madre Tereza de Calcutá que tinha chegado ao fundo do poço e não encontrava solução para o seu problema, então ela sabiamente disse para ele: “Continue cavando, não pare de cavar, as melhores aguas estão em  poços profundos”.
          Nós, muitas vezes, fazemos o contrário. No deserto espiritual paramos de buscar a Deus, desistimos da caminhada, sentamos e começamos a murmurar, a reclamar do calor, da falta de água, da palavra do pastor, do líder de louvor, do cansaço, das pedras e espinhos no caminho, e partimos numa trilha de lamentação sem fim.    

          Quando adolescente, na escola dominical, ouvi da esposa do  meu pastor, que mesmo não sentindo a presença de Deus deveríamos continuar buscando, pois Ele estava presente e jamais nos abandonaria. Essa ausência era Deus permitindo, para ver até que ponto o serviríamos pela fé, mesmo não sentindo, nem vendo a sua atuação. Isso ficou gravado em meu coração. Na minha caminhada já passei por vários desertos e confesso não é fácil, mas nunca desisti de buscar a Deus. Claro que sou tentada a deixá-lo de lado, a trocá-lo por coisas mais atraentes no momento, a parar um pouco para descansar, mas o Espírito Santo fica falando lá no fundo: Continue cavando, não pare, medite na Bíblia, ore,  frequente aos cultos, se envolva nos trabalhos da igreja, sirva ao próximo, louve, continue cavando, não pare, não pare. Muitas vezes esse processo é feito em meio a lágrimas, mas a Palavra do Senhor diz que o “choro pode durar uma noite, a alegria vem ao amanhecer”. Simão, mesmo cansado, obedeceu à voz do Mestre contrariando a lógica do momento que era voltar para casa e dormir para esquecer a noite sem resultado.

           O final do poço não é o fim para Jesus, se Ele encheu aquelas redes de peixes, pode fazer jorrar água no deserto, e transformar a nossa caminhada  numa caminhada fé.

         Saímos do poço fortalecidos quando, mesmo não sentindo nada, não abrimos mão de caminhar com Jesus em obediência, na certeza de que jamais nos abandonará.

        Que Deus faça jorrar rios de águas vivas do seu interior.

                    Ei,  continue cavando, não pare...


CAMINHANDO COM O MESTRE


        
          Gostamos de investir naquilo que traz retorno rápido, principalmente se for financeiro, mas temos uma preguiça enorme de investir no crescimento como pessoa. Dá trabalho mudar um hábito ruim. Como é difícil deixar a murmuração, a mentira, os pensamentos impuros, a fofoca, a grosseria, o pessimismo, a arrogância, a mesquinharia, o rancor, o  ressentimento, etc. Alguns dizem que é  mais fácil deixar a droga, o cigarro, o álcool do que atitudes pessoais enraizadas e companheiras de longa data.

          Muitas dessas atitudes adquirimos ao longo da nossa caminhada com pessoas que também agem assim. Aquele velho ditado “diga-me com quem andas que eu te direi quem és,”, tem um pouco de verdade. Por isso tenho dificuldade em acreditar em algumas pessoas que dizem andar com Jesus, que carregam a Palavra debaixo do braço domingo após domingo e permanecem as mesmas.

          A palavra de Deus nos mostra hábitos saudáveis, atitudes esperadas de um discípulo de Jesus, são marcas de um caminhar estreito com o Mestre. Galatas 5: 22 dá a reposta de como ficamos a partir do momento que escolhemos caminhar com Jesus diariamente fazendo dele Senhor das nossas vidas: “mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio...”. Somos seres em construção, ninguém nasce pronto, estamos sempre aprendendo. Não podemos engessar hábitos ruins, pecado mesmo, e defendermos a síndrome de Gabriela: ”Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim, Gabriela, sempre Gabriel”, não, o encontro com Cristo e a caminhada com ele provoca no coração quebrantado mudanças profundas. É por isso que vemos um Saulo arrogante, violento, se transformar em Paulo autor de  um texto lindo sobre o amor em I Coríntios  13.

          O discípulo sabe a importância do tempo a sós diariamente com Jesus. Ele entende a necessidade do passear constante pela Palavra de Deus. Sabe o quanto é transformador se quebrantar e deixar o Espírito Santo agir no coração, como tem valor uma confissão sincera, como o arrependimento verdadeiro inunda a alma de refrigério, como é bom ter a doce companhia do Senhor.
          É uma pena que nos dias de hoje muitos púlpitos se tornaram antropocêntricos, Cristo não é mais o centro e sim o homem. Filósofos ateus existencialistas tomaram o lugar de “assim diz o Senhor”. Não pregam mais a transformação, não há mais distinção entre luz e trevas e sim, venha e permaneça como está, afinal, tudo é relativo, e Deus é amor. O louvo se tornou uma eterna massagem no ego, e Deus apenas  um serviçal. Por isso vemos um inchaço no meio evangélico, de muitos seguidores e poucos discípulos. Muita euforia e pouca transformação, muitos eventos e poucos cultos, muitos shows e pouca adoração.

          Para ter o coração transformado, crescer espiritualmente, é preciso investir tempo caminhando com o Mestre em humildade, reconhecendo que Ele é Senhor e nós seus servos. É Fazer a declaração de João o Batista se referindo a Jesus Cristo: “importa que Ele cresça e que eu diminua”, é entender que não perco tempo quando separo tempo para o Senhor, eu ganho o privilégio de aprender com o melhor professor, o Espírito Santo, e me torno uma pessoa melhor na medida em que obedeço a sua Palavra.
Que Deus tenha misericórdia!



10 de julho de 2012

A Mulher cristã e seus desafios


          Fui convidada para ministrar no 3º Congresso de Mulheres que a minha igreja estava organizando. O tema foi sugestão minha: “Os desafios da mulher cristã no século 21”. São tantos, não é verdade? Nós conquistamos novos espaços e por conta disso estamos mais atarefadas. São muitas as nossas obrigações, passamos a ajudar financeiramente em casa, conquistamos o mercado de trabalho, mas continuamos a desenvolver as tarefas domésticas que tomam muito do nosso tempo, além disso,  ainda  é preciso estar bonita e motivada para o marido, e ser paciente com o filho que pede atenção . Ufa! Cansa só de pensar.
          Sinto que não tem sido fácil para a mulher cristã desempenhar tantos papeis, mas penso que em um a maioria está em falta, e talvez esse seja o maior desafio que precisamos vencer, ou seja, diante de tanta responsabilidade não negligenciar Jesus Cristo.
          Jesus tem sido negligenciado na vida de muitas mulheres cristãs que encontram tempo para o curso novo, para a academia, para as tarefas do lar, para os filhos, o marido, mas para Jesus, não. Nunca tem tempo para ler a Bíblia, para ter um momento de oração ou desempenhar alguma função na igreja. Quando desafiadas a resposta é a mesma: “não tenho tempo”. Aprendi desde cedo que para o que gostamos, arranjamos tempo. Quantas vezes no meu pequeno grupo  aconselhava mulheres sobre a importância do tempo devocional diário, de um momento a sós com Deus e ouvia das mesmas que estavam muito casadas e sem tempo de orar. Mas lá na frente, encontrava alguma delas, feliz da vida com um curso novo que estava fazendo, ou seja, arranjou tempo.
         Esse desânimo espiritual caracteriza esse nosso século que cultua o ter, que faz do homem um deus, do corpo objeto de adoração. Tem muitas mulheres passando horas no salão se arrumando para ir à igreja, mas não conseguem passar minutos na presença do Senhor em oração; que ficam horas esculpindo o corpo na academia de ginástica, mas analfabetas em questão de Bíblia, pois não malham o espirito  aprofundando-se na palavra de Deus. Não sou contra a mulher ficar bonita, se cuidar, o que não pode é cuidar apenas da aparência e esquecer o interior,  investir no ter e esquecer o ser. 
         Não adianta a casa estar bonita, mas edificada na areia. No dia da adversidade ela vai desabar, não tem base, alicerce. A casa edificada em Cristo é bonita por dentro e por fora, o seu testemunho é verdadeiro, no dia mau ela permanece de pé.
        Amada mulher cristã e muito ocupada, olhe suas prioridades, reveja o seu alicerce, observe o que a está distraindo para longe de Jesus e volte o seu olhar para aquele que promete estar contigo em qualquer situação, que por você deu a sua própria vida para que você tivesse vida em abundância e quer enchê-la com o Espírito Santo.

Como você gostaria de ser lembrado?

 Como você gostaria de ser lembrado?  "...havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que em grego significa Dorcas; que se dedicava ao...