27 de abril de 2013
IGREJA - A EXPECTATIVA ERRADA
Extraído de: PETERSON, Eugene - A maldição de um Cristo genérico: A
banalização de Jesus na espiritualidade atual- São Paulo: Mundo Cristão, 2007 pg 362, 363)
20 de abril de 2013
Não importa quem vai colher, o importante é semear
“Como são belos nos montes os pés
daqueles que anunciam boas novas, que proclamam a paz, que trazem boas
notícias, que proclamam salvação, que dizem em Sião: O seu Deus reina!” (Isaías
52:7).
Desde criança ouvia histórias e
testemunhos de missionários que se aventuravam em terras estrangeiras para
proclamar as boas novas do Evangelho. Anos depois, no seminário, comecei a
acumular as minhas próprias histórias, experiências dos evangelismos nas tardes
de domingo no Seminário Betânia em Coronel Fabriciano; do ano prático na Jocum
de Belo Horizonte; do impacto evangelístico no Paraguai. Lembro-me que sempre
que voltávamos de um evangelismo havia a famosa pergunta: “Quantas pessoas
aceitaram a Jesus?” Ficávamos frustrados quando o resultado era nenhuma,
nenhuma pessoa havia aceitado o Salvador. Contudo, não era sempre assim, muitas
vezes o resultado era uma bela colheita de vidas rendidas ao Senhor.
Anos mais tarde, esposa de pastor,
mais cobrança. Desta vez era para a igreja crescer. Nos corredores da
denominação a pergunta se repetia frequentemente: “Quantas pessoas há na sua
igreja?” Com a pergunta vinha à receita, a cereja do bolo, todos tinham uma fórmula
para o crescimento da igreja e queriam passar.
Vi pastores, dedicados, piedosos,
honestos e fieis ficarem constrangidos quando o seu relatório por anos
continuava quase o mesmo, embora a sua igreja estivesse viva e atuante. Missionários
angustiados porque se viam obrigados a darem “resultados”, do contrário o
destino seria o retorno do campo missionário.
Aprendi, ao longo da caminhada cristã,
que quem dá o crescimento é Jesus. Em algumas igrejas, nós arrancamos tocos para
outro colher. Em outras, colhemos, o que outro semeou. Não tem uma receita
pronta. Passamos por igrejas que cresceram de forma espetacular em pouco tempo,
em outras, o crescimento foi muito lento, embora por onde passamos, trabalhamos
com o mesmo empenho e dedicação. A obra é de Deus, o vento sopra aonde quer.
Hoje a tarde, sem um livro novo para ler,
fui até a estante e peguei “Para que serve Deus” de Fhilip Yancey e
comecei a reler. Passeando por suas páginas, me deparei com a história verídica
de um grupo de jovens missionários, fascinados com o que Deus estava fazendo
através de suas vidas, no início da década de 1970, no Afeganistão. Segundo
Yancey, o Dr. J. Christy Wilson, figura reverenciada no Afeganistão, resolveu
levar o grupo de jovens missionários para fazer turismo no cemitério e aprender
um pouco sobre missões.
“Wilson levou os adolescentes a
visitar um ponto turístico diferente: O único cemitério no Afeganistão onde
podiam ser sepultados ‘infiéis’. Dirigiu-se para o primeiro túmulo, uma lápide
antiga, marcada pelo tempo. ‘Este homem trabalhou aqui por trinta anos,
traduziu a bíblia para a língua afegã’, disse ele. ‘Nem um único convertido. E
neste túmulo ao lado jaz o homem que o substituiu, juntamente com seus filhos
que aqui morreram. Ele labutou durante 25 anos e batizou o primeiro cristão
afegão’. Enquanto o grupo caminhava por entre os túmulos, ele relatava as
histórias dos primeiros missionários e seus destinos.” (YANCEY, 1998, P g 217).
Compreendi que “sucesso ministerial”
não é fazer a igreja acontecer ou alcançar o maior número de pessoas em um
curto espaço de tempo, mas se manter fiel aos princípios da Palavra de Deus, ao
chamado do Senhor enquanto semeia, ora chorando, ora cantando, sabendo que no
tempo certo a colheita acontecerá. Que o labutar não é em vão, pois não importa
quem vai colher, o importante é semear
e deixar o crescimento e colheita por conta do Dono da seara, nosso Senhor e
salvador Jesus Cristo.
Disse o apóstolo Paulo: “Eu
plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer.” ( I Coríntios 3:6)
5 de abril de 2013
Não bata em pessoas feridas
"[...] Jesus não batia em pessoas
feridas. Quando seus olhos percorriam as ruas e colinas, ele sentia compaixão
porque as pessoas estavam sem liderança. Ele nunca as diminuía, envergonhava ou
ridicularizava. Ele tomou a iniciativa de buscar pelos perdidos e excluídos,
porem não tentou convertê-los com uma rajada devastadora da Torah ou dos
profetas Hebreus. Sua mente estava constantemente imbuída de misericórdia,
ternura e perdão. Ele não passou um sermão na mulher surpreendida em adultério
a respeito das consequências da infidelidade, ao contrário, Jesus viu sua
dignidade sendo destruída pelos assim chamados ‘homens religiosos’. Depois de lembrá-los
de sua solidariedade com o pecado, Ele
olhou para a mulher com olhos de imensa ternura, perdoou-a e disse-lhe para não
pecar mais. Nesse instante, eu e você estamos sendo vistos com o mesmo olhar de
infinita ternura [...] "
Esse texto é de Brennan Manning, um autor que sigo porque me inspira a buscar mais a Deus. Super recomendo!
Esse texto é de Brennan Manning, um autor que sigo porque me inspira a buscar mais a Deus. Super recomendo!
3 de abril de 2013
Qual é o seu campo missionário ?
Quando falamos em “missões” a nossa
mente viaja para lugares onde os cristãos são perseguidos, para tribos
embrenhadas em densas florestas, para viagens distantes de casa, sacrifícios,
renúncias, privações, Ufa! Logo colocamos missões de lado como se fosse algo só
possível para um grupo seleto de pessoas escolhidas e vocacionadas por Deus
para uma missão especial.
De fato, muitos são vocacionados e
chamados para cruzar fronteiras e penetrar em um mundo desconhecido a fim de
plantar a semente da salvação. Nesse momento há muitos missionários em várias
partes do mundo obedecendo ao “ide” de
Jesus. “Portanto vão e façam discípulos de todas as
nações [...]” Mateus.28:19; “Assim como me enviaste ao mundo, eu os
enviei ao mundo.” João 17:18. Todavia, o mais extraordinário de acordo
com estes versículos, é que o chamado não é restrito a um grupo seleto, a um clero elitizado, Jesus chamou todos os seus
discípulos, homens e mulheres, a se comprometerem com a grande comissão, seja indo ou ficando. Jesus
nos comissionou para uma tarefa extremamente importante, a de proclamarmos as
boas novas do Evangelho. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios diz que nós “[...]
somos
embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio”-
2º Coríntios 5:20. Não importa a geografia do seu chamado, seja ela do outro
lado do mundo ou do outro lado da rua, o importante é que você é chamado a
fazer missões no lugar onde você está inserido, esse imperativo é para todos.
Qual é o seu campo missionário hoje? Quem
é a pessoa que está perto de você e precisa ouvir uma palavra de esperança? Quem está gritando por socorro e necessitando
de salvação? Quem a beira de um abismo existencial suplica por ajuda? Quem caminha
cegamente tateando uma saída no afã de encontrar luz no final do túnel? Quem na
sua rua, entre os seus parentes ou
colegas de trabalho, quem sabe amigos, os próprios filhos, cônjuge, necessita
hoje desesperadamente ver Jesus em você?
Muitas vezes estamos tão preocupados
em fazer missões do outro lado do mundo, oramos, contribuímos e isso é muito importante, mas não podemos esquecer do filho deprimido dentro do quarto,
da vizinha com a mãe em estado terminal, do amigo dependente de drogas, do
colega de trabalho viciado em Rivotril, das crianças que moram nas calçadas do
nosso bairro, do mendigo que não tem esperança, daquele que reside ao lado da igreja e está deprimido pensando em
tirar a própria vida. Talvez você nem precise falar, pode ser que um abraço, um ombro amigo, um ouvido atento, o estender a mão, um cobertor no frio, um
simples bolo com café, vai esquentar o coração de quem está próximo de você, e
esta pessoa, através do seu gesto, será alcançada por Jesus. Fomos alcançados
por Jesus para sermos sal e luz, ou seja, dar sabor à vida e brilhar a luz de
Cristo em meio a um sistema corrompido pelo pecado.
Fazer missões não é algo que agendamos,
precisa ser um estilo de vida, algo que faço naturalmente onde quer que eu
esteja. Proclamar o evangelho é servir àquele que está próximo a mim, seja qual
for a sua necessidade, seja o pão material ou o espiritual.
O seu campo missionário são os que
estão próximos de você e ainda não conhecem o grande amor que salva, liberte,
transforma, acolhe, olha com misericórdia e concede graça imerecida, Cristo
Jesus.
Que você possa ainda hoje ser um instrumento de salvação nas mãos do amoroso
Deus.
Só para lembrar: “Nos não podemos deixar de falar das cousas
que vimos e ouvimos.” Atos 4:20.
Grande abraço!!!!
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